Entrevista dada á CAVALO REVISTA feita pelo jornalista Sr. Manuel Teixeira da Cavalo revista publicada no número de Fev./Março de 2010.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsQ6RUF2teO5U8W6lWS3CJcWtlDjIq4lsGaAgTRuBn0JUn78-v5PwyFcydVqk9sQN1LHWJkEerKFSzZcIlQhD_PlA_SWlp4xu-rTcQQ596UE7ln2qnb05dEvcTNmGCGl6AI4H6o8qvuplZ/s200/FERRO.jpg)
CR.- COMO COMEÇOU ESSE GOSTO PELA CRIAÇÃO DE CAVALOS PURO SANGUE LUSITANO?
ACM- A Coudelaria teve inicio em Julho de 1995,mas a minha paixão pelo mundo do cavalo em geral vem de há mais tempo.
Na minha infância e devido à profissão de meu pai e do meu tio, ambos médicos veterinários militares, passei grande parte das minhas férias escolares nos picadeiros do 3º e 4º Esquadrões da G.N.R. respectivamente em Braço de Prata e na Ajuda em Lisboa. E foi aí que me iniciei na " lides equestres", podendo privar na altura com cavaleiros como o Cap. Pimenta da Gama , o Cor. Martins Abrantes e o Cor. Lemos Veloso entre outros.
Tive também por essa altura, a oportunidade de acompanhar algumas comissões de remonta da G.N.R., de que o meu pai (Cor Vet. Hélder Schiappa Correia de Mendonça) fez parte, à feira da Golegã e à Feira Nacional da Agricultura em Santarém ou mesmo quando as comissões de remonta se dirigiam directamente a casa dos criadores principalmente no Ribatejo e Alentejo com a finalidade de adquirir os cavalos que a
G.N.R. necessitava para as suas fileiras.
Tive por isso, a sorte , desde muito novo de poder conhecer os "bastidores" do mundo fascinante da criação cavalar, pelo que o sonho de fazer igual se começou a instalar na minha cabeça.
O meu ensino liceal foi feito no Colégio Militar onde pude continuar ligado ao mundo do cavalo sobretudo na vertente dos obstáculos.
Após um período de afastamento devido aos meus estudos na faculdade de Medicina e do início da minha carreira profissional nos Hospitais Civis em Lisboa, adquiri em 1989, ao Mestre Luís Valença um Coudelaria Nacionale foi no picadeiro do Centro Equestre da Lezíria que o "Bolota"me devol
veu a auto confiança e me pôs de novo a cavalo.
Foi com a paciência, disponibilidade e o profissionalismo do Mestre Luís Valença que fui descobrindo as diferenças entre a equitação militar, a que estava habituado, e a equitação à portuguesa e pude admirar bem de perto as características do cavalo Lusitano.
Passar de utilizador a criador era uma evolução natural que esperava apenas uma oportunidade e essa surgiu quando conheci em 1994 o Francisco Bessa de Carvalho o que me possibilitou a aquisição de 3 éguas Lusitanas Visconde dos Olivais, Coudelaria onde o Francisco Bessa de Carvalho dava na altura o seu apoio técnico.
Essas 3 éguas ("Peúga" , "Saragoça" e "Topeira"), na altura praticamente no fim da sua vida útil são a matriz da Coudelaria. Pela amizade, conselhos e orientação que me deram, considero o Mestre Luís Valença e o Francisco Bessa de Carvalho os padrinhos desta
aventura iniciada em Julho de 1995.
CR- QUE EFECTIVO TEM NESTE MOMENTO A COUDELARIA ANTÓNIO CORREIA DE MENDONÇA,QUANTAS ÉGUAS DE VENTRE E QUANTOS GARANHÕES?
ACM- Em Março de 2005 o efetivo da Coudelaria foi reforçado com um grupo de 10 éguas ferro FBC, praticamente todas descendentes das éguas do núcleo inicial. As éguas "Peúga", "Saragoça" e "Topeira", estão assim na origem de 90,18% dos animais nascidos na Coudelaria, (37,25%, 33,33% e 19,6% respectivamente).
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CR.- COMO COMEÇOU ESSE GOSTO PELA CRIAÇÃO DE CAVALOS PURO SANGUE LUSITANO?
ACM- A Coudelaria teve inicio em Julho de 1995,mas a minha paixão pelo mundo do cavalo em geral vem de há mais tempo.
Na minha infância e devido à profissão de meu pai e do meu tio, ambos médicos veterinários militares, passei grande parte das minhas férias escolares nos picadeiros do 3º e 4º Esquadrões da G.N.R. respectivamente em Braço de Prata e na Ajuda em Lisboa. E foi aí que me iniciei na " lides equestres", podendo privar na altura com cavaleiros como o Cap. Pimenta da Gama , o Cor. Martins Abrantes e o Cor. Lemos Veloso entre outros.
Tive também por essa altura, a oportunidade de acompanhar algumas comissões de remonta da G.N.R., de que o meu pai (Cor Vet. Hélder Schiappa Correia de Mendonça) fez parte, à feira da Golegã e à Feira Nacional da Agricultura em Santarém ou mesmo quando as comissões de remonta se dirigiam directamente a casa dos criadores principalmente no Ribatejo e Alentejo com a finalidade de adquirir os cavalos que a
Tive por isso, a sorte , desde muito novo de poder conhecer os "bastidores" do mundo fascinante da criação cavalar, pelo que o sonho de fazer igual se começou a instalar na minha cabeça.
O meu ensino liceal foi feito no Colégio Militar onde pude continuar ligado ao mundo do cavalo sobretudo na vertente dos obstáculos.
Após um período de afastamento devido aos meus estudos na faculdade de Medicina e do início da minha carreira profissional nos Hospitais Civis em Lisboa, adquiri em 1989, ao Mestre Luís Valença um Coudelaria Nacionale foi no picadeiro do Centro Equestre da Lezíria que o "Bolota"me devol
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzE0Z7hQOlYRJBiFRgzKWuuyRJPG5HOORjY_WvY-q4WFHjf4m1yjF42rGdMObZ2cmIar4ATHtFcHtJXmKNyRzklSnRfRbB0wv_H2eAgSh8ZiPKjhV5D4nDABaMc06llJt40q9Bom3FQIU-/s320/disdoutora9.jpg)
Foi com a paciência, disponibilidade e o profissionalismo do Mestre Luís Valença que fui descobrindo as diferenças entre a equitação militar, a que estava habituado, e a equitação à portuguesa e pude admirar bem de perto as características do cavalo Lusitano.
Passar de utilizador a criador era uma evolução natural que esperava apenas uma oportunidade e essa surgiu quando conheci em 1994 o Francisco Bessa de Carvalho o que me possibilitou a aquisição de 3 éguas Lusitanas Visconde dos Olivais, Coudelaria onde o Francisco Bessa de Carvalho dava na altura o seu apoio técnico.
Essas 3 éguas ("Peúga" , "Saragoça" e "Topeira"), na altura praticamente no fim da sua vida útil são a matriz da Coudelaria. Pela amizade, conselhos e orientação que me deram, considero o Mestre Luís Valença e o Francisco Bessa de Carvalho os padrinhos desta
CR- QUE EFECTIVO TEM NESTE MOMENTO A COUDELARIA ANTÓNIO CORREIA DE MENDONÇA,QUANTAS ÉGUAS DE VENTRE E QUANTOS GARANHÕES?
ACM- Em Março de 2005 o efetivo da Coudelaria foi reforçado com um grupo de 10 éguas ferro FBC, praticamente todas descendentes das éguas do núcleo inicial. As éguas "Peúga", "Saragoça" e "Topeira", estão assim na origem de 90,18% dos animais nascidos na Coudelaria, (37,25%, 33,33% e 19,6% respectivamente).
Na atualidade, a Coudelaria tem um efetivo
total de 46 animais com 18 éguas de ventre (9 do meu ferro , 8 do FBC e uma VO).
O garanhão da Coudelaria nos últimos 4 anos tem sido o TIXAQUIR (PP), filho e neto do garanhão de mérito XAQUIRO (Q), que tem transmitido grande finura e excelentes andamentos aos seus descendentes.
O garanhão da Coudelaria nos últimos 4 anos tem sido o TIXAQUIR (PP), filho e neto do garanhão de mérito XAQUIRO (Q), que tem transmitido grande finura e excelentes andamentos aos seus descendentes.
TIXAQUIR |
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZADiFu5fhU4G1l9tt4BSSVn2y8p0tnpm7X3w5mRe5YYu_12FAaTm-77_M7ZxkOWz1kO5s9G5lLO0_BMBObCLEJraZwmd_5Sq4qklR3SVUGN0BPhGyUjdTHAdqpVSN633U2sdQhyphenhyphen_4S6js/s200/IMG_5860.jpg)
Não se pode deixar de mencionar os primeiros garanhões que foram utilizados "HIPUS" (VO) e "JAGUAR" (FBC) , ambos filhos de "DANUBIO" (MV) e também um sem
CR- QUAIS OS OBJECTIVOS DA COUDELARIA?
ACM- O objetivo é de continuar com uma seleção rigorosa e criar cavalos PSL sobretudo com vocação e aptidão para o ensino, de modo que, num futuro próximo, se possa ter a alegria de ver um cavalo do ferro ACM a competir numa carriere de fama internacional.
CR- O QUE ACHA DOS CONCURSOS DE MODELOS E ANDAMENTOS?
ACM- O PSL evoluiu imenso nos últimos 20 anos. Para mim um dos principais responsáveis por esta evolução, foi o Festival Internacional do Lusitano, criado inicialmente em Lisboa pela APSL em 1986, o que além de ter permitido uma maior visibilidade nacional e internacional da raça, teve um papel didático e de divulgação importantíssimo. Este exemplo foi seguido praticamente por todas as feiras equestres e na atualidade temos concursos de modelos e andamentos para PSL realizados por todo o país e no estrangeiro. No entanto, penso que estes concursos não podem ser o objetivo final do criador. Os criadores não devem criar animais apenas com a finalidade de os apresentarem em concursos de modelos e andamentos, estes, são quanto a mim úteis, mas apenas mais um degrau na avaliação da vida funcional dos animais.
CR- O QUE REPRESENTA PARA SI O CAVALO LUSITANO?
ACM - É sobretudo um património genético que como criador tenho a responsabilidade de preservar, se possível melhorar e transmitir às gerações futuras.
Para mim o cavalo Lusitano é um cavalo completo que pela sua multi funcionalidade torna perfeitamente compreensível o presente entusiasmo mundial à sua volta.
É um cavalo com um passado brilhante e um futuro promissor; um verdadeiro cavalo do Séc. XXI.
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